Outro dia estava eu a tomar o pequeno-almoço só rodeada de mulheres e começamos a falar da habilidade (ou falta dela) que as nossas caras-metade tinham para acertar nas prendas que nos ofereciam. Estávamos sete mulheres à mesa, três delas casadas, três com namorado e uma atualmente solteira e a conversa foi de rir. A maioria delas queixava-se que por mais pistas que fosse dando ao respetivo ele nunca acertava.
Uma dizia que já tinha desistido de dar indiretas e que já estava ao ponto de pedir exactamente o que queria e, no limite, ir com ele à loja para que não houvesse a mínima probabilidade de haver erro. A outra dizia que pouquíssimas eram as prendas que não tinha de ir trocar a seguir. Outra dizia que teve um namorado que uma altura lhe deu um relógio em prateado e como ela gostou, na vez seguinte deu-lhe exactamente o mesmo relógio mas em dourado (o problema é que ela já não era assim tão fá de dourado). Só uma é que dizia que não tinha motivo de queixa porque o marido lá ia acertando (com a ajuda das pistas subtis que ela ia dando mas lá ia acertando).
Eu também não me posso queixar porque o meu respetivo tem estado atento e tem acertado. Mas também não posso dizer que uma ou outra vez não vá dando umas pistas... Às vezes calo-me muito caladinha para ver se ele acerta e regra geral posso dizer que ele conhece bem os meus gostos. As muitas vezes que o empurro comigo para as lojas sempre que preciso de comprar alguma coisa está a ter efeitos. Isso e o facto de ele ter algumas mulheres à volta dele com bom gosto (e com gostos parecidos aos meus), que lhe vão dando alguma orientação tem ajudado bastante.
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