Ou o calor lhe anda a fazer mal ou então está a entrar num processo de demência (muito!) precoce. Então hoje vem ele trazer-me a casa e digo-lhe eu antes de sair do carro "espera um bocado que eu vou lá dentro buscar o talão e já venho". Só por acaso, já lhe tinha dito durante a tarde que quando me fosse levar a casa que ia buscar esse talão que ele precisava e no caminho para casa voltei a tocar no assunto. Ou seja, quando antes de sair do carro lhe disse que ia buscar o talão era já a terceira vez que lhe relembrava disso nesta tarde.
Dei-lhe um beijo rápido e sai do carro apressada. Abro a porta de casa, deixo-a aberta e vou buscar o talão. Ouvi entretanto a porta a bater com o vento mas rapidamente desci as escadas e pus-me cá fora para lhe entregar o talão. Só que... quando cheguei à rua já o carro dele não estava e ele se tinha posto a andar. Ainda o consegui ver na estrada e fiquei feita parva a ver para onde ele ia para perceber se havia alguma justificação...
Como nunca mais o vi, volto para caso e ligo-lhe "Então, o talão? Eu digo-te que venho buscar o talão e tu pões-te a andar?" ao qual ele me responde "Nunca mais me lembrei! Como me deste um beijo e a porta se fechou...". Como é que nunca mais se lembrou se eu lhe disse isso antes de sair do carro? E não sabia que os beijos agora provocavam amnésia (e o beijo foi muito fraquinho, daqueles rápidos, imagino se fosse um beijo demorado, com troca de saliva). E já agora, nunca deixem a porta de casa fechar com o vento que isso é o aval para as vossas visitas se porem na alheta!
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